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Lilith na cultura popular moderna

domingo, 21 de fevereiro de 2010.

  • Segundo uma tradição popular, todos os mortais cujo nomes são Kamila, Clara e Raphael terão para si a maldição de Lilith; eles, ao completarem 18 anos, terão de atender ao chamado dela.
  • No fictício Livro de Nod, é aquela que ensina a Caim habilidades vampíricas.
  • Uma história em quadrinhos de Terror nos anos 1970, publicada em Krypta número ? reconta o mito de Lilith como ela tendo sido criada por Lúcifer, ao mesmo tempo que um anjo criava Eva. Adão então se via ante as duas mulheres, e Lilith pedia que ele matasse um coelho para demonstrar seu amor por ela, ao passo que ele recusava e preferia ficar com Eva. Lúcifer logrou então uma desprezada Lilith a beber duma água que a transformou numa demônia. Lilith, depois de um pacto, prometeu não fazer mal aos filhos de Adão. A história era narrada por cientistas da atualidade, que chegavam a conclusão, dado que a geração de Adão seria anterior a humanidade que agora existia (que segundo a ficção teria se originado dos símios de acordo com a Teoria da evolução das espéciesde Darwin) não estaria protegida contra os ataques de Lilith.
  • 1181 Lilith é um asteróide.
  • Lilith na Astrologia moderna é o nome de um ponto correspondente ao apogeu da órbita lunar, ou seja, o ponto da órbita da lua aonde ela se encontra mais distante da terra. Também chamada " Lua Negra ". Por ser um ponto vazio e não um astro propriamente dito, muitos astrólogos desconsideram sua interpretação em um mapa astral.
  • No livro O Sobrinho do Mago e O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, da série As Crônicas de Nárnia, um ser conhecido como Jadis, a Feiticeira Branca diz ser descendente de Lilith, a primeira esposa de Adão.Aparece também em um dos episódios de Sandman de Neil Gaiman, junto com "outras mulheres de Adão".
  • Uma personagem do videogame Darkstalkers se chama Lilith Aensland, mas tem pouco (ou nada) a ver com a figura original.
  • Uma personagem da série Digimon se chama Lilithmon.
  • Lilith (banda) é uma banda de rock Colombiana.
  • Lilith (DC Comics) é uma heroína da DC Comics. Apesar do nome, nada tem a ver com a figura mitológica.
  • Lilith (Marvel Comics) é uma vilã inimiga do Motoqueiro Fántasma.
  • No Anime Neon Genesis Evangelion, Lilith é considerado o 2º Anjo.
  • Em alguns volumes da série de jogos de videogames Final Fantasy, Lilith é um monstro da familia das Lamias.
  • Lilith é constantemente citada em jogos de RPG, como Dungeons & Dragons, como uma criatura infernal e maligna.
  • No seriado de televisao Supernatural, Lilith era um demonio representado por mulheres ou meninas. Ela é também o último dos 66 selos que impedem que Lucifer escape do inferno.
  • No Jogo Castlevania Aria of sorrow, Lilith é uma demônia, uma bela mulher nua com asas vermehas que suga sua alma enquanto sonha.
  • No romance Caim, do escritor português José Saramago, Lilith é a primeira amante do personagem-título.'
  • Na série Georgina Kincaid de Richelle Mead, Lilith é a rainha Succubus - Uma criatura que se alimenta da energia vital de um homem através de sexo.

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Lilith

Lilith (לילית em hebraico) é referida na Cabala como a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que em uma 
do bíblico Adão, sendo que em uma passagem (Patai81:455f) ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido. No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, chegando depois a ser descrita como um demônio.
De acordo com certas interpretações da criação humana em Gênesis, no Antigo Testamento, reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusando-se a ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais. Na modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal.


Assim dizia Lilith: ‘‘Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.’’ Quando reclamou de sua condição a Deus, ele retrucou que essa era a ordem natural, o domínio do homem sobre a mulher, dessa forma abandonou o Éden.
Três anjos foram enviados em seu encalço, porém ela se recusou a voltar. Juntou-se aos anjos caídos onde se casou com Samael que tentou Eva ao passo que Lilith Tentou a Adão os fazendo cometer adultério. Desde então o homem foi expulso do paraíso e Lilith tentaria destruir a humanidade, filhos do adultério de Adão com Eva, pois mesmo abandonando seu marido ela não aceitava sua segunda mulher. Ela então perseguiria os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recém casados para se vingar.
Após os hebreus terem deixado a Babilônia Lilith perdeu aos poucos sua representatividade e foi limada do velho testamento. Eva é criada no sexto dia, e depois da solidão de Adão ela é criada novamente, sendo a primeira criação referente na verdade a Lilith no Gênesis.
No período medieval ela era ainda muito citada entre as superstições de camponeses, como deixar um amuleto com o nome dos 3 anjos que a perseguiram para fora do Éden, Sanvi, Sansavi e Samangelaf para que ela não o matasse, assim como acordar o marido que sorrisse durante o sono, pois ele estaria sendo seduzido por Lilith.
A imagem de Lilith, sob o nome Lilitu, apareceu primeiramente representando uma categoria de demônios ou espíritos de ventos e tormentas na Suméria por volta de 3000 A.E.C. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome fonético Lilith por volta de 700 A.E.C.
Ela é também associada a um demônio feminino da noite que originou na antiga Mesopotâmia. Era associada ao vento e, pensava-se, por isso, que ela era portadora de mal-estares, doenças e mesmo da morte. Porém algumas vezes ela se utilizaria da água como uma espécie de portal para o seu mundo. Também nas escrituras hebraicas (Talmud e Midrash) ela é referida como uma espécie de demônio.
Talvez dada a sua longa associação à noite, surge sem quaisquer precedentes a denominaçãoscreech owl, ou seja, como coruja, na famosa tradução inglesa da bíblia, na Bíblia KJV ou King James Version. Ali está escrito, em Isaías 34:14 que … the screech owl also shall rest there. É preciso salientar, comparativamente, que na renomada versão em língua portuguesa da bíblia, isto é, na tradução de João Ferreira de Almeida, esta passagem relata que … os animais noturnos ali pousarão, não havendo menção da coruja[1], como é freqüentemente, muito embora erroneamente, citado no Brasil (tratando-se de um claro exemplo da forte influência da cultura anglo-saxã no mundo lusófono atual).
Na Suméria e na Babilônia ela ao mesmo tempo que era cultuada era identificada com os demônios e espíritos malignos. Seu símbolo era a lua, pois assim como a lua ela seria uma deusa de fases boas e ruins. Alguns estudiosos assimilam ela a várias deusas da fertilidade, assim como deusas cruéis devido ao sincretismo com outras culturas. A imagem mais conhecida que temos dela é a imagem que nos foi dada pela cultura hebraica, uma vez que esse povo foi aprisionado e reduzido à servidão na Babilônia, onde Lilith era cultuada, é bem provável que viam Lilith como um símbolo de algo negativo. Vemos assim a transformação de Lilith no modelo hebraico de demônio. Assim surgiu as lendas vampíricas, Lilith tinha 100 filhos por dia, súcubus quando mulheres e íncubus quando homens, ou simplesmente lilims. Eles se alimentavam da energia desprendida no ato sexual e de sangue humano. Também podiam manipular os sonhos humanos, seriam os geradores das poluções noturnas. Mas uma vez possuído por um súcubus dificilmente um homem saía com vida.
Há certas particularidades interessantes nos ataques de Lilith, como o aberto esmagador sobre o peito, uma vingança por ter sido obrigada a ficar por baixo de Adão, e sua habilidade de cortar o pênis com a vagina segundo os relatos católicos medievais. Ao mesmo tempo que ela representa a liberdade sexual feminina, também representa a castração masculina.
Pensa-se que o Relevo Burney (ver alusões à coruja na reprodução do Relêvo de Burney, nesta página), um relevo sumério, represente Lilith; muitos acreditam também que há uma relação entre Lilith e Inanna, deusa suméria da guerra e do prazer sexual.
Algumas vezes Lilith é associada com a deusa grega Hécate, "A mulher escarlate", um demônio que guarda as portas do inferno montada em um enorme cão de três cabeças, Cérbero. Hécate, assim como Lilith, representa na cultura grega a vida noturna e a rebeldia da mulher sobre o homem.
Nos dois últimos séculos a imagem de Lilith começou a passar por uma notável transformação em certos círculos intelectuais seculares europeus, por exemplo, na literatura e nas artes, quando os românticos passaram a se ater mais a imagem sensual e sedutora de Lilith (ver a reprodução do quadro Lilith de John Collier, pintada em 1892), e aos seus atributos considerados impossíveis de serem obtidos, em um contraste radical à sua tradicional imagem demoníaca, noturna, devoradora de crianças, causadora pragas, depravação,homossexualidade e vampirismo.Podendo ser citados também os nomes de Johann Wolfgang von Goethe, John Keats, Robert Browning, Dante Gabriel Rossetti, John Collier, etc…Lilith também é considerda um dos Arquidemônios símbolo da vaidade.

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Figuras grotescas

sábado, 20 de fevereiro de 2010.

O termo grotesco – sob o qual são frequentemente englobadas tanto as quimeras (já pouco mais que decorativas, durante a Idade Média) como as gárgulas (exclusivamente aplicadas nas saídas de água) e ainda outras figuras monstruosas exibidas também no interior dos edifícios – só se generalizou durante o Romantismo.
É possível classificar estas figuras como sendo antropomórficas (aquelas em que é retratada a figura humana) ou zoomórficas (aquelas que representam animais), bem como detectar a sua evolução ao longo dos séculos.
Embora seja difícil datar com precisão quando muitas das gárgulas foram esculpidas, é fácil constatar que, gradualmente, começou a desenhar-se uma preferência por formas alongadas (com as mais recentes projetando-se para fora cerca de um metro em relação às paredes em que se apóiam). Nota-se igualmente, a partir do século XIII, uma maior tendência para retratar figuras humanas em vez de animais e também uma maior ênfase no detalhe. Mais tarde acentuam-se a sua fealdade e o seu caráter disforme e assustador, que acabará por se ir tornando menos demoníaco e mais caricatural, característica que haveria de conduzir à noção de grotesco, dado o exagero nas poses e expressões dos personagens. Verifica-se também que as temáticas vão sendo cada vez menos religiosas e mais mundanas. Contudo, continua por explicar a opção por este tipo tão peculiar de figuras, não existindo consenso a este respeito entre os que se dedicam ao estudo da arquitetura gótica européia.
Por exemplo, relativamente ao emprego das gárgulas durante a Idade Média, muitas das fontes que se debruçam sobre o tema começam por mencionar a própria designação de gárgula. Uns afirmam que a palavra que se refere ao gorgolejar da água quando passa através de um orifício; outros alvitram que provém do termo latino gorgulio, ou do francês gargouille, ambos significando garganta. Esta última tese tem ainda em seu apoio a Lenda de La Gargouille. Rezava uma história popular medieval que, no século VII, vivia na região de Paris, numa gruta próxima do Rio Sena, um dragão apelidado La Gargouille, com o hábito de sair do seu covil para engolir barcos e pessoas. Os aldeões locais viviam aterrorizados e todos os anos sacrificavam uma vítima ao dragão, numa tentativa de o apaziguar. O povo acabaria por ser salvo por um padre, que prometeu derrotar o dragão se aí fosse erguida uma igreja e se todos os habitantes concordassem em ser batizados. Após um combate decisivo o dragão foi derrotado e o padre arrastou o corpo do monstro para a aldeia, onde lhe lançou fogo. Porém, a cabeça e pescoço do dragão não arderam, pelo que acabaram por ser colocados numa parede da igreja.
Mas, para além desta lenda, que não esclarece muito em relação à exibição das gárgulas e quimeras nos edifícios medievais, particularmente os religiosos – sobretudo se tivermos presente que, de início, muitas destas figuras eram de inspiração pagã e pré-cristã – há outras tentativas de explicação para este fenômeno.
Alguns investigadores defendem a idéia de que, tal como na Antiguidade, a função destes seres grotescos era a de protetores. O seu aspecto assustador teria como finalidade manter à distância dos edifícios (e daquilo que continham) as forças do mal e os seus emissários, nomeadamente o Demônio e seus algozes. Outra idéia, talvez algo inesperado, é a de que as carrancas não pretenderiam assustar, mas seriam sim uma expressão aterrorizada das próprias figuras após terem presenciado algo de sinistro. Outra idéia ainda, e que goza de bastante aceitação, é a de que, numa época em que poucos sabiam ler, era importante ensinar ao povo, recorrendo às imagens, os preceitos cristãos, nomeadamente dando-lhes a conhecer aquilo a que ficavam sujeitos aqueles que se desviassem dos caminhos da verdadeira fé (note-se que, nessa época, as deformidades físicas eram tomadas como castigos divinos por pecados praticados, ou como provas de que aqueles que delas padeciam tinham pactuado com as forças das trevas – uma justificação adicional para o aspecto grotesco e exagerado de algumas representações). Contudo, esta tese tem também pontos fracos: um deles é o fato de os grotescos surgirem igualmente em edifícios laicos e em casas particulares; um outro é o de as imagens não estarem de acordo com o padrão comum às restantes representações religiosas típicas do período em questão. No entanto, parece haver, por exemplo, uma relação simbólica entre os sete pecados mortais e alguns dos animais representados – orgulho/leão, inveja/serpente, ira/javali, preguiça/burro, ganância/lobo, gula/urso e luxúria/porco –, pelo que a sua observação freqüente poderia levar os fiéis a refletirem sobre as respectivas condutas.
Por fim, há também quem seja de opinião de que é pouco provável que se consigam extrair ensinamentos com significado religioso de muitas das figuras, nomeadamente daquelas que são antropomórficas, realizadas já durante a fase final do período gótico. Nestas sobressaem sobretudo as caretas e posturas corporais mais ridículas e menos assustadoras, motivo pelo qual se julga que poderiam ser uma forma de chacota relativa à personagens locais, de crítica social ou dos costumes da época.
Outra peculiaridade que tem intrigado os estudiosos é a questão de, estando as gárgulas e quimeras habitualmente colocadas num plano bastante elevado e em recantos por vezes quase invisíveis a partir do solo, por que é que foram esculpidas com tão grande preocupação e riqueza de detalhes? Uma das explicações avançadas refere que, sendo estas esculturas realizadas para glorificar o Senhor, como, de resto, todas as catedrais góticas, e estando, para além disso, colocadas tão alto (e assim mais próximas dos Céus), Deus poderia mais facilmente aperceber-se da perfeição do trabalho feito.
Enfim, muito mais poderia ser dito acerca destas curiosas figuras, nomeadamente no que diz respeito a numerosas personagens que surgem repetidamente, e cujo estudo aprofundado revela influências das mais variadas origens, quer geográficas, quer culturais. Certo é que, embora tenham perdido a carga simbólica que tiveram outrora, ainda hoje mantêm o seu fascínio, continuando a ser aplicadas como ornamento em várias construções, e não deixa de ser empolgante para muitos tentarem decifrar os mistérios que parecem obstinadamente encobertos...
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Gárgulas


Crê-se que as chamadas gárgulas, figuras por vezes igualmente quiméricas, começaram por ser aplicadas para embelezar os orifícios por onde as águas escorriam dos telhados para o chão.
Sabe-se que já em algumas edificações gregas, ao longo dos rebordos dos telhados inclinados,nas extremidades destes e, eventualmente, também ao longo das paredes, existiam pequenas caleiras para recolha da água das chuvas, que era canalizada para orifícios por onde se escoava. Em alguns casos, a água era conduzida para baixo por uma conduta, cuja extremidade inferior encaixava por detrás da escultura de uma cabeça de leão, de modo que a boca jorrasse a água para longe (mais uma vez a figura do leão surge como protetora não só contra os inimigos terrenos, como contra espíritos malignos).
Mas seria sobretudo na época medieval, mais precisamente no período entre os séculos XII e XV, a partir da construção das grandes catedrais góticas, que as gárgulas viriam a popularizar-se na Europa Ocidental, principalmente na França, embora também na Inglaterra e, em menor escala, em outros países. Porém, nessa altura, as temáticas representadas tinham já recebido influências de outros povos e culturas, como os Celtas e os Normandos, muito embora sob o olhar atento da Igreja de Roma.
Segundo parece, as gárgulas começaram por ser peças em madeira ou cerâmica. Porém, só após se ter generalizado o uso da pedra para essa finalidade (sobretudo o calcário ou o mármore, embora tenham também existido esculturas em terracota, que não chegaram aos nossos dias) é que surgiu a possibilidade de passar a esculpir as figuras com maior riqueza de pormenor. São igualmente conhecidos alguns exemplos, relativamente raros, feitos em metal.
Quando nos referimos às gárgulas, talvez nos venha à mente as numerosas criaturas grotescas que podemos encontrar na catedral parisiense de Notre-Dame – incontornável exemplo clássico, inspirador de histórias que incluíam personagens como Quasímodo, o famoso corcunda, criado pelo romancista francês Victor Hugo.
Tal como sucedia nas construções gregas, um dos motivos mais correntemente apontados para a utilização das gárgulas refere a necessidade, em termos de conservação das obras arquitetônicas, de fazer com que a água das chuvas que se abatiam sobre os edifícios fosse captada após escorrer pelas paredes, conduzida por caleiras que separavam essas escorrências em várias direções, e levando a que fossem projetadas para longe das paredes e fundações no exterior das construções, evitando assim que se infiltrassem no solo junto aos alicerces, onde acabariam por dissolver as argamassas e arruinar as alvenarias, ou que desgastassem as pedras exteriores, trazendo perigo à estabilidade da construção.
Para que essas tão necessárias goteiras, que seriam protuberâncias inestéticas destacadas visivelmente nas esquinas, não destoassem no conjunto harmônico de toda a edificação, teria então surgido a hipótese de as ornamentar com esculturas. Porém, pelo menos de início, isso só acontecia nos edifícios de maior porte ou nas construções pertencentes aos mais abastados, já que se tratava de um tipo de trabalho bastante caro para a época – à semelhança do que ocorria com outras figuras no interior dos templos, as gárgulas também eram ricamente pintadas e algumas chegavam a receber ornamentos dourados.


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Quimeras


Remontam, pelo menos, à Antiguidade Clássica os exemplos de várias figuras mitológicas, muitas vezes deuses ou semideuses, que retratavam entes híbridos, ou seja, uma combinação de outros seres, os quais eram dotados de determinados atributos ou simbolizavam qualidades específicas.
Por exemplo, são sobejamente conhecidas as esfinges egípcias, figuras enigmáticas com cabeça humana e corpo de leão; entre os Assírios encontramos os touros alados (corpo de touro, com asas e cabeça humana); um motivo tipicamente persa era o leão com asas e cornos de bode; entre os Hebreus podemos encontrar os querubins (esfinges aladas que surgem abrigando sob as asas a Arca da Aliança, no Templo de Salomão); os antigos Gregos nutriam especial predileção pela Quimera, uma criatura com cabeça de leão (símbolo do poderio helênico) que exalava fogo pela boca, tinha o corpo de uma cabra e cauda de serpente – essa designação acabou por ser adotada para designar genericamente outros tipos de seres fantásticos, cujos corpos eram a combinação de dois ou mais animais conhecidos. Assim, e ainda na mitologia grega, surgem, entre outros, as hárpias (que tinham cabeça e torso de mulher, pernas e cauda de ave e também asas), os sátiros – cujos equivalentes romanos eram os faunos – (com torso humano, cabeça com cornos, e a metade inferior do corpo semelhante à de um bode), os centauros (parte homens, parte cavalos) ou os grifos (com cabeça, bico, asas, torso e patas dianteiras semelhantes às de uma águia, mas com orelhas, quartos traseiros e cauda de leão), os quais podemos igualmente encontrar entre os Persas.
Enfim, são numerosas, embora muitas vezes baseadas em idênticos temas, as imagens que reuniam as características destas figuras híbridas e que foram adotadas por diferentes povos, sendo quase certo as mais antigas terem influenciado as seguintes, mesmo em espaços geográficos relativamente distantes.
Mas qual era a função de tais imagens? Uma das explicações que parece reunir maior consenso é a de que serviriam como "guardiãs", protegendo das influências maléficas os locais onde estavam implantadas.
Uma vez que, em vários casos, estas quimeras antigas representavam divindades ou heróis míticos com poderes sobre-humanos, esse papel protetor sobressai assim como um motivo plausível para que tenham sido retratadas das mais diversas formas: em pequenos artefatos, em jóias ou amuletos, em recipientes e escudos, quer pintadas, quer esculpidas, surgindo tanto em templos como em edifícios laicos e até mesmo em casas particulares.

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O Mistério das Catedrais – Cap. III


Alguns pretenderam erradamente que provinha dos Godos, antigo povo da Germania; outros julgaram que se chamava assim a esta forma de arte, cujas originalidade e extrema singularidade provocam escândalo nos séculos XVII e XVIII, por zombaria, atribuindo-lhe o sentido de bárbaro: tal é a opinião da Escola Clássica, imbuída dos princípios decadentes do Renascimento.
A verdade, que sai da boca do povo, no entanto, manteve e conservou a expressão Arte Gótica, apesar dos esforços da Academia para substituí-la por Arte Ogival. Há ai uma razão obscura que deveria obrigar a refletir os nossos lingüistas, sempre à espreita das etimologias. Qual a razão por que tão poucos lexicólogos acertaram? Simplesmente porque a explicação deve ser antes procurada na origem cabalística da palavra, mais do que na sua raiz literal.
Alguns autores perspicazes e menos superficiais, espantados pela semelhança que existe entre gótico e goético pensaram que devia haver uma estreita relação entre a arte gótica e a arte goética ou mágica.
Para nós, arte gótica é apenas uma deformação ortográfica da palavra argótica cuja homofonia é perfeita, de acordo com a lei fonética que rege, em todas as línguas, sem ter em conta a ortografia, a cabala tradicional. A catedral é uma obra de art goth ou de argot. Ora, os dicionários definem o argot como sendo uma linguagem particular a todos os indivíduos que tem interesse em comunicar os seus pensamentos sem serem compreendidos pelos os que o rodeiam. É, pois, uma cabala falada. Os argotiers, os que utilizam essa linguagem, são descendentes herméticos dos argo-nautas, que viajavam no navio Argo, falavam a língua argótica – a nossalíngua verde – navegando em direção as margens afortunadas de Colcos para conquistarem o famoso Tosão de Ouro. Ainda hoje se diz de um homem inteligente mas também muito astuto: "ele sabe tudo, entende o argot". Todos os Iniciados se exprimiam em argot, tanto os vagabundos da Corte dos Milagres – com o poeta Villon à cabeça – como os Frimasons ou franco-mações da Idade Média, hospedeiros do bom Deus, que edificaram as obras-primas góticas que hoje admiramos. Eles próprios, estes Nautas construtores, conheciam a rota do Jardim da Hespérides...
Ainda nos nossos dias os humildes, os miseráveis, os desprezados, os insubmissos, ávidos de liberdade e de independência, os proscritos, os errantes e os nômades falam argot, esse dialeto maldito, banido da alta sociedade, dos nobres que o são tão pouco, dos burgueses satisfeitos e bem pensantes, espojados no arminho da sua ignorância e da sua presunção. O argot permanece a linguagem de uma minoria de indivíduos vivendo à margem das leis estabelecidas, das convenções, dos hábitos, do protocolo, aos quais se aplica o epíteto de vadios, ou seja, de videntes e, mais expressivo ainda, de Filhos ou Descendentes do Sol. A arte gótica é, com efeito, a art got ou cot, a arte da Luz ou do Espírito.
Pensar-se-á que são apenas simples jogos de palavras. E nós concordamos de boa vontade. O essencial é que guiem a nossa fé para uma certeza, para a verdade positiva e científica, chave do mistério religioso, e que não a mantenham errante no labirinto caprichoso da imaginação. Aqui em baixo não existe acaso, nem coincidência, nem relação fortuita; tudo está previsto, ordenado, regulado e não nos pertence modificar a nosso bel-prazer a vontade imperscrutável do Destino. Se o sentido usual das palavras nos não permite qualquer descoberta capaz de nos elevar, de nos instruir, de nos aproximar de Criador, o vocabulário torna-se inútil. O verbo, que assegura ao homem a incontestável superioridade, a soberania que ele possui sobre tudo o que vive, perde a sua nobreza, a sua grandeza, a sua beleza e não é mais do que uma aflitiva vaidade. Ora, a língua, instrumento, do espírito, vive por ela própria, embora não seja mais do que o reflexo da Idéia universal. Nada inventamos, nada criamos. Tudo existe em tudo. O nosso microcosmos é apenas uma partícula ínfima, animada, pensante, mais ou menos imperfeita, do macrocosmos. O que nós julgamos descobrir apenas pelo esforço da nossa inteligência existe já em qualquer parte. É a fé que nos faz pressentir o que existe; é a revelação que nos dá a prova absoluta. Muitas vezes passamos ao lado do fenômeno, até mesmo do milagre, sem dar por ele, cegos e surdos. Quantas maravilhas, quantas coisas insuspeitadas descobriríamos se soubéssemos dissecar as palavras, quebrar-lhes a casca e libertar a o espírito, divina luz que eles encerram! Jesus exprimia-se apenas por parábolas; poderemos nos negar a verdade que elas ensinam? E, na conversação corrente, não serão os equívocos, os pouco mais ou menos, os trocadilhos ou assonâncias que caracterizam as pessoas de espírito, felizes por escaparem à tirania da letra e mostrando-se, à sua maneira, cabalistas sem o saberem?
Acrescentemos, por fim, que o argot é uma das forças derivadas da Língua dos Pássaros, mãe e decana de todas as outras, a língua dos filósofos e dos diplomatas. É o conhecimento dela que Jesus revela aos seus apóstolos, enviando-lhes o seu espírito, o Espírito Santo.
É ela que ensina o mistério das coisas e desvenda as verdades mais recônditas. Os antigos Incas chamavam-na Língua da Corte porque era familiar aos diplomatas, a quem fornecia a chave de uma dupla ciência: a ciência sagrada e a ciência profana. Na Idade Média, qualificavam-na antes da edificação da torre de Babel, causa da perversão e, para a maioria, do esquecimento total desse idioma sagrado. Hoje, fora do argot, encontramos as suas características nalgumas línguas locais como o picardo, o provençal, etc. e no dialeto dos ciganos.
A mitologia pretende que o célebre adivinho Tirésias tenha possuído perfeito conhecimento da Língua dos Pássaros, que Minerva lhe teria ensinado, como deusa da Sabedoria. Ele partilhava-a, diz-se, com Tales de Mileto, Melampus e Apolônio de Tiana, personagens fictícios cujos nomes falam eloqüentemente na ciência que nos ocupa e bastante claramente para que tenhamos necessidade de os analisar nestas páginas.

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Origem do termo Gótico


Segundo a versão mais difundida, o termo "gótico" deriva de Godos, o povo germânico que habitava a Escandinávia. Porém, em sua obra O Mistério das Catedrais, Fulcanelli nos apresenta uma outra versão. A palavra "gótico" seria uma deformação fonética de Argoth (ou Art Goth), uma linguagem restrita utilizada somente por Iniciados em Ocultismo. Embora historicamente essa versão seja incoerente, é uma visão interessante de um grande alquimista.
Confira o trecho do livro que disserta sobre essa possibilidade:

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Livros Publicados

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010.
  • Interview with the vampire (1976) / Entrevista com o vampiro
  • The Vampire Lestat (1985) / O Vampiro Lestat
  • The Queen of the Damned (1988)/ A Rainha dos Condenados
  • The Tale of the Body Thief (1992) / A História do Ladrão de Corpos
  • Memnoch The Devil (1995) / Memnoch
  • Armand (1998) / O Vampiro Armand
  • Merrick (2000) / Merrick
  • Blood and Gold (2001) / Sangue e Ouro
  • Blackwood Farm (2002) / Fazenda Blackwood
  • Blood Canticle (2003)/ Cânticos de Sangue

Novos Contos de Vampiros

  • Pandora (1997) / Pandora
  • Vittorio the Vampire (1998) / Vittorio, o Vampiro

Série Bruxas Mayfair

  • The Witching Hour (1990) / A Hora das Bruxas I e II
  • Lasher (1993) / Lasher
  • Taltos (1994) / Taltos

Série Beauty

(todos como A. N. Roquelaure)
  • The Claiming of Sleeping Beauty (1983)/ O Sequestro da Bela Adormecida
  • Beauty's Punishment (1984)/ O Castigo da Bela adormecida
  • Beauty's Release (1985)/ A Libertação (ou "liberdade") da Bela Adormecida

 Série A Vida de Cristo

  • Christ The Lord: Out of Egypt (2005) - Cristo, O Senhor: a Saída do Egito
  • Christ The Lord: The Road to Cana (2008) - Cristo, O Senhor: O Caminho para Caná
  • Christ the Lord: the Kingdom of Heaven (sendo escrito)

 Série Songs of the Seraphim

Angel Time (2009)

Romances únicos

  • The Feast of All Saints (1979) - A Festa de Todos os Santos
  • Cry to Heaven (1982) - Chore para o Céu
  • Exit to Eden (1985)(como Anne Rampling) -
  • Belinda (1986) (como Anne Rampling) -
  • The Mummy (1989) - A Múmia ou Ramsés ,o maldito
  • Servant of the Bones (1996) - O Servo dos Ossos
  • Violin (1997) - Violino
  • The Master of Rampling Gate (2002) - O Senhor de Rampling Gate (Publicado no Brasil no livro “Os 13 Melhores Contos de Vampiros”, de Flávio Moreira da Costa)
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HISTORIA

Em seus livros ela invariavelmente apresenta seus vampiros como indivíduos com suas paixões, teorias, sentimentos, defeitos e qualidades como os seres humanos mas com a diferença de lutarem pela sua sobrevivência através do sangue de suas vítimas e sua própria existência, que para alguns deles, é um fardo a ser carregado através das décadas, séculos e até milênios.
Seu livro de maior sucesso é "Entrevista com o vampiro". Anne relata que escreveu esse livro em apenas uma semana, após a morte de sua filha por leucemia, filha esta que está brilhantemente retratada na personagem Cláudia. Entrevista com o Vampiro foi para as telas dos cinemas, sendo que Anne escreveu o roteiro e acompanhou de perto a produção. Na época do lançamento do filme foi amplamento divulgado a decepção da autora quanto a escolha do ator para o personagem Lestat (Tom Cruise), sendo divulgado que ela o considerava apenas um rostinho bonito e sua preferência era o ator Rutger Hauer (inclusive no livro A História do Ladrão de Corpos, através de uma fala de Lestat, ela indica isto). Após a estréia ela voltou atrás.
Já no segundo filme, "A Rainha dos Condenados", Anne não teve qualquer participação em nenhuma etapa de sua produção, o que pode explicar a pouca repercussão que o filme obteve e as extremas "licenças" poéticas que os produtores tomaram a liberdade de fazer descaracterizando pontos importantes da saga dos vampiros.
Em 2005 Rice anunciou que, após o falecimento de seu marido Stan Rice, deixará de escrever obras sobre vampiros, bruxas e outros seres fantásticos, e agora irá se dedicar a outros gêneros literários.
Em Christ The Lord: Out of Egypt, lançado em 2005, Rice despede-se dos seus temas habituais para escrever um retrato curioso de um Jesus aos sete anos de idade, partindo do Egito com a família, para voltar para sua casa em Nazaré. Neste livro, Rice nos brinda com um comovente epílogo no qual ela descreve o recente retorno à sua fé Católica e avalia de forma divertida e ácida a moda dos estudos bíblicos nos dias de hoje.
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Anne Rice

Anne Rice (Nova Orleans, Louisiana, 4 de Outubro de 1941) é uma escritora estadunidense, autora de séries de terror e fantasia.




Filha de Howard Allen O'Brien, ela mesma escolheu 'Anne' como primeiro nome, ao entrar na escola. Em 1956 perdeu a mãe, Katherine, e dois anos depois, com o pai casado novamente, a família mudou-se para a cidade de Richardson, no Texas, onde Anne conheceu seu futuro marido, o poeta e pintor Stan Rice.
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Atualidade

Nos dias de hoje há góticos fiéis aos anos 80, que dizem que o movimento acabou nos anos 90, e os mais ecléticos que gostam tanto da old school goth como da cena atual.
O que importa é não fazer confusão, no quesito musical a cena evoluiu muito e bandas novas surgem todos os dias com sonoridades ligadas à música gótica consideradas de ótima qualidade. Como tudo, a música gótica passou por inovações, mas há quem diga que o metal gótico é uma delas. O que pode se ver que é uma afirmação indubitavelmente mentirosa, pois pode se perceber que ao longo da história o gótico segue uma vertente rock que nunca se encontrou com o metal.
A música a que se faz referência pode até fazer uso de algum elemento da cultura Gótica, mas na verdade é uma apelação comercial, e como se sabe, tudo que é comercializável corre o risco de sumir. Tal qual os beats dos anos 60, a Cultura Gótica poderia entrar em decadência se estivesse mesmo ligada à tal superficialidade.
Como todos sabem esse tipo de música representa sempre apenas febre, uma moda e se dos anos 80 para cá a cena gótica tem continuando bem viva, ainda que tenha se tornado extremamente Underground (nos anos 80 com a transição do Punk para o New Wave ou Pós-Punk era mais uma miscelânia Pop, como se sabe), seria muito estranho que se rendesse ao que chamamos "exegência de merdado", pois as gravadoras fazem o que acham que o público vai ouvir, ainda que isso custe a liberdade do artista.
Gothic girl nl.jpgE os góticos continuam a adotar uma estética teatral e obscura para representar seu verdadeiro sentimento, um apego ao nada, uma falta de esperanças, algo do tipo "cansei, sabe?", por vezes uma depressão ou melancolia, um descaso, um luto pela situação da humanidade, ouvir suas músicas com temáticas hedonistas, decadentistas, niilistas, ligadas sempre às suas raízes já citadas e dançar em casas nocturnas ao som de EBM e Darkwave. Ou então quietinhos em casa ouvindo bandas como Bauhaus, Joy Division, Specimen, The Cure, Siouxsie and the Banshees, Clan of Xymox, The Frozen Autumn e lêem algo de Jean-Paul Sartre, Nietzsche, Oscar Wilde, William Blake, Baudelaire e coisas mais comerciais como Anne Rice. Acima de tudo, convém lembrar que, para a grande maioria dos integrantes, o movimento gótico é fundamentalmente um gosto musical e uma maneira específica de se vestir. Não há envolvimentos intelectuais e filósoficos mais aprofundados. E essa cultura não têm nada a ver com beber sangue de seus amigos. góticos não são depressivos, não se referem à subcultura como Goticismo, não usam somente preto e se frequentam cemitérios é pela temática do mistério de morte e vida, pelo apreço à arte também. Mais realistas do que se pensa, ser gótico hoje em dia representa também repugnar todo o estereotipo negativo criado em torno de sua figura. E com todo o seu sarcasmo, rir e continuar a dançar.
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Um resumo dos beats dos anos 40 aos goticos dos anos 8-

As verdadeiras raízes da subcultura gótica podem ser achadas inicialmente nos anos 40\50 na cultura beat.
Os cabelos eram compridos (porém mais curtos que os dos Hippies) e e eram comuns um tipo de cavanhaque bem aparado em linha ao longo do queixo. Nos Estados Unidos o movimento se tornou menos "intelectualizado", e mais junkie e desleixado. O primeiro uso do termo "Beat" ou "Beat generation" teria sido feito por Jack Kerouac no final dos anos 1940. Mas o termo só se popularizaria nos anos 50. Passou também a ser um movimento pop e "comercializável" de 57 a 61. Mas suas origens remontam ao underground dos cafés parisienses do pós-guerra. Daí vem o termo "estudante de arte existencialista e parisience" para a postura Beat.
O Termo "Beatnik" foi cunhado pela imprensa, misturando Beat a Sputnik ( primeiro satélite russo no espaço sideral ). Os Beatniks nos 60's eram mais apolíticos ( e/ou pacifistas ), existencialistas, cool, sua poesia e música contemplava tanto o lado obscuro quanto hedonista e urbano da boemia. Porém o que era um movimento underground acabou em decadência com sua comercialização. Da diluição desse movimento surgiram talvez outros dois, o hippie e o punk]beat, ou glam punk.
Os Hippies formaram movimento politizado, expressivo (not cool), de visual colorido e cabelos muito longos. A parte do Beat que permaneceu no Hippie foi a religiosidade alternativa, muitas vezes orientalista, o "alternativismo", e alguns estilos musicais. Isso é bem o estilo de artistas que conhecemos muito bem, como Jimi Hendrix, porém não fazia a cara de outros como Iggy Pop. Uma parte dos Beats, claro, não se tornou Hippie, por discordar de suas tendências, e seguiu outros caminhos.
Logo, surge esse outro lado da ramificação temos a explosão do Glam e Glam punk. Com temáticas e abordagens mais profundas, líricas e adultas. Podemos então citar o Velvet Underground em Nova Iorque, os Stooges em Detroit e o The Doors em Los Angeles. O Velvet Underground glamouriza o decadentismo urbano, sem esperanças e floreios, para cena pop. Em 1970, surge em Nova Iorque o grupo New York Dolls com um rock crú e simples, em performances bombásticas travestidos de mulheres. "Ora, se as mulheres conquistaram o direito de se vestirem como homens, por que não?"
A temática chamou a atenção de David Bowie que a levou para o outro lado do atlântico. Junto a Marc Bolan do T-Rex, e o Roxy Music de Brian Eno e Bryan Ferry, Bowie se tornou referência mundial do Glam rock. A abordagem do Glam Rock era basicamente o esteticismo e dandismo de Oscar Wilde e Baudelaire atualizado para os anos 70. A decadência do homem e da sociedade urbana e suas perversões hedonistas, a artificialidade, o pré-moldado, o poserismo, enfim decadence avec elegance (decadência com elegância). Dizer que Glam rock é apenas cores e purpurina é tão superficial quanto dizer que o Gótico é se vestir de preto.
A temática do Glam trazia através de músicas brilhantes (tanto em letra como melodia) a melancolia da condição humana e de temas soturnos, basta ver suas traduções. Mesmo esteticamente o Glam preservava um lado noir (sombrio). Algumas bandas como Bauhaus e Specimen, que deram origem a música gótica, não se diferenciam em quase nada das bandas incluídas no glam rock quanto à sua sonoridade. A atitude do Glam de androgínia era mais do que Rockers durões, Mods (uma variante dos beats cuja diluição daria origem aos skinheads do lado mais durão e na evolução continua a transição para o Glam rock) e os Hippies conservadores estavam preparados. Era uma inversão. Além do mais naquela época nem se via mais o que fazer em termos de psicodelia, foi quando o Glam chegou e virou a cabeça de adolescentes que queriam também se vestir iguais aos seus ídolos. E a influência beat permanecia viva através do Glam.
Tanto nos Estados Unidos como na Inglaterra, conceitos e estéticas Beats permaneceram ao longo do Glam e dos anos 70. O rótulo "Punk" foi dado ao movimento rock que tinha, em resposta ao rock progressivo, músicas simples em execução, mas com temas sociais importantes. Bandas experimentais, contra a música comercial das grandes gravadoras, uma geração crítica em relação à arte e consumo de sua época, interessada em questões existenciais foram consideradas Punks antes de 77. Exemplos: Talking Heads e o Patti Smith Group. Mas em 78 o termo caía em decadência já era considerado um clichê gasto e distorcido pelo sucesso de 77. O diretor da gravadora Sire Records, Seymour Stein, considerou que estas bandas tinham o mesmo feeling dos filmes do movimento cinematográfica francês de características Noir (obscura) e contra-culturais chamado "Nouvelle Vague" (New Wave, em Inglês, Neue Welle, em alemão).
Assim New wave e Pós-punk (Póstumo ao punk) seriam os termos usados para classificar estas bandas originalmente chamadas de punk antes que o termo "punk" atingisse o fim de seu auge. Simultanamente algumas destas bandas são afiliadas a sub-cultura Gótica. Na verdade com o tempo, o termo New Wave passou a ser ulizado para as bandas mais pops e Pós-Punk, para as mais underground. Ainda então, bandas da sub-cultura Gótica eram classificadas de ambas as formas. Mas posteriormente deixou-se o new wave para bandas com um visual mais colorido e para as bandas que adotaram um tendência mais sombrias acabou-se por usar o termo pejorativo gótico, que acabou pegando.
Toda a Estética Gotica inicial vai ser uma mistura Glam (androginia, poesia urbana e maldita, maquiagens pesadas, sonoridade rock básica, dandismo, etc), que também foram reforçados por uma influência do movimento new romantic dos anos 80, e a cultura Beat (poesia urbana e maldita, existencialismo e espiritualidade difusa, roupas escuras, acid rock, cool, jazz-rock, psicodelia, etc), ora tendo uma sonoridade mais pós punk, outra mais new wave. O termo foi usado durante a década de oitenta e na década de noventa também convencionou-se tirar o new e usar dark, dessa forma: Darkwave
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Religião e simboslismo

O gótico/darkwave é uma cultura laica[carece de fontes?], ou seja, não é integrada à qualquer religião. Alguns pensam que os góticos estão diretamente ligados à esoterismo,anticristianismo. Cada membro é livre para a escolha de crenças em qualquer tipo de deus, porém, no gótico não se encontram pessoas dispostas a seguir religião que implique no apego a qualquer tipo de dogmas,ou seja,religiões opressoras que impedem ás pessoas de agir de acordo com o que realmente pensam, regras onde se propõe o que deve vestir, ler, crer ou fazer[carece de fontes?]. Isso não faz de um gótico ateu,este prega liberdade de expressão e o livre arbítrio.Por isso desconfie quando um wannabe(falso gótico),começa a dizer que todo gótico é ateu,satanico ou qualquer coisa do tipo. Algum recurso de preâmbulo religioso é utilizado como temática, para músicas ou estética. Um crucifixo, por exemplo, pode, teatralmente, simbolizar a tortura (Crucio = tortura), pois a cruz foi cunhada em Roma, como instrumento para tal, antes mesmo do nascimento de Cristo. Simbolicamente no sentido de estetica não vem totalmente ligado a música,as vestes góticas vieram de acordo com a ideologia a que ele pertence.
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O uso do termo "gótico" na Historia

Desde a década de 90 a subcultura gótica começou a sofrer de algumas distorções por parte de enganos frequentes como o de que o termo gótico sempre esteve ligado através da história e, portanto os góticos de hoje seriam legítimos descendentes dos visigodos, godos, ostrogodos, entre outros.
Que esses mesmo teriam iniciado o estilo arquitectónico de construções sacras e também a literatura, quando na verdade as catedrais góticas só começaram a ser construídas no século XI e nem sequer se recebiam esse nome na época em que foram instauradas como arte sacra, pois expressavam a ideologia e estética da igreja católica na época.
Os renascentistas e iluministas, que se opunham à ideologia católica da época medieval, as chamaram, pejorativamente, "Góticas" muito depois, justamente como critica. Na época de sua construção eram chamadas "opus francigenarum"(arte francesa). Quanto aos bárbaros "Godos", que invadiram o império romano, foi um acontecimento dado por volta do século V, logo se vê então que são mais de cinco séculos de diferença histórica cultural, o que já havia feito uma diluição da cultura dos godos na Europa.
Do marco da construção das catedrais góticas (Do século XI até XIV) até a época em que surgiu um movimento literário chamado gótico e outro chamado romantismo (Século XVIII para XIX) já haviam se passados mais outros tantos séculos de diferença cultural e, portanto, a imagem de Gótico foi estabelecida como sombrio, fantasmagórico, misterioso, para criticar aqueles que tinham criticado o fim da Idade Média. O que era um nome pejorativo passou a ser um nome designador de uma estética "legal". Terminamos assim de falar do sentido da palavra através do tempo sem ligá-la totalmente à cultura e mostrar que até esse ponto os góticos da cultura iniciada na década de 80 não são descendentes dos Góticos dos séculos passados de forma alguma, pois nem sequer eles mesmos tiveram alguma ligação através de suas épocas. A ligação dos góticos contemporâneos com os antigos movimentos artísticos assim intitulados está nas músicas e na estética de forma indirecta. Pra começar, a cultura gótica não possui literatura própria, mas existem vários estilos literários apreciados por seus integrantes, entre eles, no Romance Gótico (Walpole, Mary Shelley, etc), Romantismo (William Blake, Lord Byron, Edgar Allan Poe, etc) a poesia Simbolista/Decadentista (Baudelaire, T.S. Elliot, Rimbaud, Oscar Wilde, etc) o romance Existencialista (Camus, Sartre, etc), Literatura Beat (Ginsberg, William Burroughs), entre outros.
Dessa forma, essa cultura fez releituras ou sátiras da Literatura Gótica. Essa literatura também serviu de tema para movimentos artísticos anteriores, que influenciaram a cultura estética dos anos 1980, como por exemplo o Expressionismo.
Na literatura brasileira, os autores mais respeitados por integrantes do movimento gótico são: Augusto dos Anjos, Álvares de Azevedo, Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimarães. Dentro da literatura portuguesa os autores mais respeitados são Eça de Queirós, Fernando Pessoa, Lima de Freitas, Camilo Pessanha, Florbela Espanca, David Soares, Mário de Sá Carneiro entre outros.
  • Fonte: Dicionário de Português
subcultura (sub- + cultura) s. f. 1. Cultura obtida a partir de outra. 2. Grupo de pessoas com características específicas que criam ou pretendem criar uma subdivisão cultural.
cultura s. f. 1. Ato, arte, modo de cultivar. 2. Lavoura. 3. Conjunto das operações necessárias para que a terra produza. 4. Vegetal cultivado. 5. Meio de conservar, aumentar e utilizar certos produtos naturais. 6. Fig. Aplicação do espírito a (determinado estudo ou trabalho intelectual). 7. Instrução, saber, estudo. 8. Apuro; perfeição; cuidado.
Assim sendo os góticos são também uma cultura, pois não apareceram de outra nem tão pouco criaram ou tentam criar uma subdivisão, é simplesmente uma cultura como qualquer outra, tem suas origens fundamentadas em ideais, seja a arte (dança, música,pinta e teatro), a escrita, a filosófia, dentre outras.
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O termo gótico na cultura

O termo gótico (do alemão: goth ou inglês gothic) foi usado através dos séculos sob vários significados, às vezes sem ligação alguma. Em algum momento histórico ele pode ter designado certo povo bárbaro que veio a invadir o império romano, mas não devemos nos apegar a isso para não confundir o leitor, pois com o passar do tempo, o termo ganhou significados diferentes. A palavra agrega sentidos que lembram: vitoriano, medieval, onírico, sombrio, assustador, fantasmagórico, macabro, amedrontador, etc.
O uso do termo 'gótico', desvinculado de seu significado original, surgiu quase que ironicamente, no início da década de 80. A mídia de massa ao entrevistar integrantes das diversas bandas relacionadas à subcultura que começava a surgir, como seria classificada a atmosfera de suas músicas, por vezes recebia respostas semelhantes a: 'de temática sombria e soturna, 'gótica. Na metade da década de 80 o estilo já havia se disseminado por vários outros países (incluindo o Brasil) e o termo acabou por ir junto com ele e até hoje é usado para denominar a cultura.
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Cultura



Foi taxada como "movimento cultural" devido ao princípio de que tal visão e comportamento são um protesto acerca da ambientação dada na época em que se iniciou, isto é, uma alienação que afirmava uma evolução e liberdade que, em verdade, eram insuficientes (ou até inverossímeis), e contra a qual a descrença deveria ser usada como denúncia. Apesar de simplista, esta explicação define o pensamento ideal da maioria dos que afirmam pertencer a este grupo. De qualquer modo, o mundo não parece ter mudado muito, e a subcultura continuou a evoluir cada vez mais podendo basear-se ainda nesse formato.
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Mais sobre o estilo de vida e cultura gotica

A cultura gótica (chamada de Dark no início dos anos oitenta apenas no Brasil) é uma cultura contemporânea presente em muitos países. Teve início no Reino Unido durante o final da década de 1970 e início da década de 1980, derivado também do gênero pós-punk. A cultura gótica abrange um estilo de vida, estando a ela associados, principalmente, gostos musicais dos anos 80 até o presente (darkwave/gothic rock, ebm, industrial, etc.), estética (visual, "moda", vestuário, etc) com maquilhagem e penteados alternativos (cabelos coloridos, desfiados, desarrumados) e uma certa "bagagem" filosófica e literária. A música se volta para temas que glamorizam a decadência, o niilismo, o hedonismo e o lado sombrio. A estética sombria traduz-se em vários estilos de vestuário, desde death rock, punk, renascentista e vitoriano, ou combinações dos anteriores, essencialmente baseados no negro, muitas vezes com adições coloridas e cheias de acessórios baseadas em filmes futuristas no caso dos cyber goths.
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Livros das cronicas vampirescas

domingo, 7 de fevereiro de 2010.

Os livros, em sequência de lançamento, são:
  • Entrevista com o Vampiro
Sinopse: Escrito em 1976, inicia a série sobre "crônicas vampirescas" escrita por Anne Rice. Neste livro, o vampiro Louis, que recusa-se a perder suas características humanas, conta como transformou-se em um vampiro a um repórter.
Sinopse: A história de Lestat, um aristocrata que resolve tornar-se ator na França Pré-Revolucionária, e torna-se vampiro ao acaso. Conheça sua vida ao longo dos séculos e como se transforma em um ídolo do rock na atualidade
  • A Rainha dos Condenados
Sinopse: Em A rainha dos condenados, a escritora americana Anne Rice retoma os personagens que a tornaram famosa e faz o livro de maior suspense e densidade de suas Crônicas Vampirescas. Aqui, há vampiros para todos os gostos. Jovens e delinqüentes, como Baby Jenk, da Gangue das Garra, românticos como Armand e Daniel, estudiosos como Jesse, que investiga para a organização conhecida como Talamasca, a história desses seres estranhos, imortais misturados entre mortais, para quem sangue, sexo e morte são elementos indissolúveis do dia-a-dia. Reunidos em torno de Lestat, eles respondem ao chamado de sua música quase hipnótica e correm, ao longo da narrativa de Anne Rice, um perigo difícil de evitar. É que o som de Lestat desperta Akasha, a mãe dos vampiros, a encarnação da força maléfica feminina, disposta a escolher os justos, entre os vampiros, através de um banho de sangue. Mestra da alquimia entre crueldade e poesia, Anne Rice prova em A rainha dos condenados saber fazer em literatura o que Lestat faz em música. Impossível não segui-la hipnoticamente até a última página.
  • A História do Ladrão de Corpos
Sinopse: Neste 4º livro das Crônicas Vampirescas, Lestat, o herói-vampiro, depara-se com uma proposta tentadora: ser humano outra vez, com todos os cinco sentidos alertas, comendo e bebendo à luz do sol.
  • Memnoch
Sinopse: Mais um volume que faz parte das Crônicas Vampirescas. Lestat encontra com Memnoch, que afirma ser o diabo em pessoa. Ele coloca o imortal diante da oportunidade de voltar no tempo, conhecer a criação, visitar o purgatório e escolher entre céu e inferno.
  • O Vampiro Armand
Sinopse: Este volume das crônicas vampirescas é todo dedicado ao vampiro Armand, a personagem ao mesmo tempo angélica e diabólica que desempenhou um papel importante no primeiro livro da série, o já clássico "Entrevista com o Vampiro". O livro acompanha a trajetória do vampiro desde sua infância em Constantinopla até ao clímax, nos fatos já relatados pelo vampiro Lestat.
  • Merrick
Sinopse: Anne Rice mescla vampiros e bruxas ligadas ao vodu neste novo romance. Merrick é uma bruxa sedutora e poderosa que conta sua saga para David Talbot, um estudioso do ocultismo que foi transformado em vampiro. Ela tenta trazer a vampira Cláudia, uma mulher presa a um corpo infantil, de volta à vida a pedido do vampiro Louis.
  • Sangue e Ouro
Sinopse: A mestra do terror gótico moderno, Anne Rice, ao dar seqüência às célebres crônicas vampirescas, conta a história de dois de seus fascinantes e enigmáticos personagens, Marius e Thorne, poderosos Filhos das Trevas. O primeiro deseja vingança contra um antigo inimigo, enquanto o segundo anseia pelo reencontro com sua criadora. Revelando o sombrio mundo dos seres imortais, Sangue e ouro aborda os sofrimentos inerentes à vida eterna.
  • A Fazenda Blackwood
Sinopse: Um novo livro de Anne Rice, a grande dama do gótico moderno, lançado no Brasil: A fazenda Blackwood. Nessa obra, a história gira em torno de Tarquinn Blackwood, um jovem sedutor e excêntrico, único herdeiro de uma imensa propriedade que leva o nome de sua família e que é assombrada por fantasmas e outras criaturas. Entre as assombrações está Goblin, um espírito manipulador e poderoso que controla Tarquinn desde a infância e cujo poder e fúria se intensificam depois que o jovem é transformado em vampiro. Atormentado, Tarquinn decide procurar o célebre vampiro Lestat em Nova Orleans e pedir sua ajuda. A fim de que Lestat saiba como agir, o rapaz conta para ele a saga da família Blackwood, uma narrativa que leva o leitor da Nova Orleans dos dias de hoje até a antiga Pompéia, passando pela Nápoles do século XIX, em uma vertiginosa teia de traição, mistério e sangue. Em A fazenda Blackwood, Anne Rice, em sua melhor forma, conta a história de um jovem em busca de sua verdadeira identidade. A escritora norte-americana mescla como ninguém suspense, terror e erotismo, criando um inesquecível conto de mistério, luxúria e morte. Formada em Ciência Política e em Escrita pela Universidade de San Francisco, Anne Rice, que nasceu em 1941, publicou seu primeiro romance - o consagrado Entrevista com o vampiro - em 1976.
  • Cântico de Sangue
Sinopse: Uma história de amor e lealdade promete levar os leitores de Anne Rice de volta à Fazenda Blackwood. Em Cântico de sangue, o vampiro Lestat, seu personagem mais famoso, volta à cena atormentado pela idéia de redenção e tomado por uma paixão inesperada pela bruxa Rowan Mayfair, outra célebre personagem da escritora. Mas para levar o romance adiante, há várias barreiras a serem superadas. A vontade de viver entre os humanos é forte, mas também são muitos os prazeres da imortalidade. Amadurecido o suficiente para tomar a decisão correta, o famoso vampiro insiste em percorrer o longo e tortuoso caminho do conhecimento nesta história repleta de suspense e erotismo
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Clonicas Vampirescas

Crônicas Vampirescas é o nome dado a um conjunto de obras da escritora Anne Rice, que narra a história dos vampiros Lestat de Lioncourt, Louis de Pointe du Lac, Armand, Marius de Romanus, entre outros.
O primeiro volume das crônicas vampirescas foi Entrevista com o Vampiro, que em 1994 chegou aos cinemas, com Tom Cruise interpretando Lestat de Lioncourt, Brad Pitt como Louis de Pointe du Lac, Antonio Banderas como Armand, Kirsten Dunst como Claudia e Christian Slater como Daniel Molloy, o repórter. Entrevista com o Vampiro narra a história do vampiro Louis, que a está contando ao repórter Daniel.
O volume seguinte narra a história do vampiro Lestat, que dá o nome ao livro. A Rainha dos Condenados, terceiro volume, começa onde O Vampiro Lestat termina, dando sequência à história de Akasha.
O Vampiro Lestat e A Rainha dos Condenados foram filmados juntos, dando origem ao filme A Rainha dos Condenados em 2002. Nesse filme Lestat é interpretado por Stuart Townsend. O elenco ainda conta com: Aaliyah como Akasha, Marguerite Moreau como Jesse, Vincent Pérez como Marius de Romanus, Paul McGann como David Talbot e Lena Olin como Mahare
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Gabrielle de lioncourt

Gabrielle de Lioncourt é um personagem fictício da série de livros Crônicas Vampirescas da escritora estadunidense Anne Rice. Gabrielle de Lioncourt é a mãe do vampiro Lestat de Lioncourt, que a torna sua primeira companhia vampírica. Também é a primeira a deixá-lo.



Muito bela e vinda de uma próspera família italiana, Gabrielle viajou e viveu em diversas cidades da Europa. Casou-se cedo com Marquês d`Auvergne, pai de Lestat. Gabrielle e o Marquês tiveram oito filhos, dos quais sobreviveram apenas três. Lestat era o mais novo e o favorito de Gabrielle. Dividiam segredos e a vontade de fugir do lugar que mais odiavam, a prisão imposta por um cego machista e o regime de família patriarcal.
Era a única pessoa da família que recebera alguma educação. Gabrielle não era um exemplo de mãe para a época: por ser culta, passava grande parte de seu tempo lendo e perdida em seu mundo, o que irritava seu marido.
Sempre tentava alegrar e consolar seu filho favorito. Muitas vezes vendeu suas jóias de família para comprar presentes e satisfazer algumas das vontades de Lestat. Vivia sua vida pela de Lestat, esperando que ele fosse livre como ela não foi. Durante o vigésimo ano de vida de Lestat, Gabrielle contrai tuberculose. Ajudou Lestat e Nicolas de Lenfent a irem a Paris dando a Lestat um de seus anéis para que o vendesse. Gabrielle encorajou Lestat a ser ator e poupou-o de ver seu declínio devido à doença.
Depois de Lestat ser tranformado em vampiro por Magnus, este se suicída atirando-se em uma pira. Assim Lestat torna-se dono da fortuna de Magnus. Com a fortuna herdada Lestat envia uma certa quantia de dinheiro para que Gabrielle vá para o sul da Itália, onde nascera para que melhore de saúde.
Contrariando as expectativas de Lestat, Gabrielle viaja para Paris ao seu encontro e é mandada para um alojamento com médicos e enfermeiras. Lestat a visita, percebendo a gravidade da doença e que possa ser a última vez que a veja, transforma Gabrielle em vampira.
Gabrielle se torna aprendiz de Lestat. Depois de Lestat ter destruido o culto satânico liderado por Armand e feito Nicolas um vampiro,ele e Gabrielle vão viajar pelo mundo.Grabrielle se torna distante e fria para com Lestat.Depois de partirem do Egito após a Revolução Francesa.Gabrielle vai para as selvas africanas e Lestat ao mundo subterrâneo para dormir por 2 anos.
Gabrielle vai explorar o mundo por conta própria para os seguintes 200 anos.Ela não reaparece até 1985 (no livro "A Rainha dos Condenados").Para ajudar Lestat na luta contra Akasha e para salvar o mundo.Gabrielle aparece pela última vez em "O Vampiro Armand" enquanto Lestat estava em seu sono catatônico.
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Outros envolvimentos

Quinn Blackwood

Tarquin Blackwood, mais conhecido como Quinn, sua primeira aparição é em Fazenda Blackwood. Quinn passa a ser o melhor amigo de Lestat. Tarquin que chamou Lestat para ajudá-lo a se livrar de um fantasma. Lestat que estava em um momento meio 'solitário' depositou sua confiança em Quinn. Assim, passaram a ser melhores amigos.

 Mona Mayfair

Mona Mayfair, namorada de Quinn Blackwood, é uma das bruxas do clã Mayfair. Mona estava à beira da morte quando Lestat decidiu dá-lhe o Dom das Trevas.
Mona morava com Lestat e Quinn depois que foi transformada, Mona tenta mostrar devoção ao seu Mestre (Lestat). Entretanto, ela é uma criatura mimada que só consegue ver seus próprios problemas, e isso ocasionava vários desentendimentos entre ela e Lestat.
A maior discussão dela com Lestat aconteceu por conta do ciúme e até mesmo inveja que ela tinha de Rowan (tia de Mona). Lestat não aturou, e colocou Mona para fora de casa, mas graças a Quinn as coisas logo voltaram ao normal.

 Rowan Mayfair

Rowan Mayfair aparece em Cântico de Sangue (último livro das Crônicas Vampirescas), 13ª bruxa do clã Mayfair, casada com Michael Curry. Ela é neurocirurgiã e trabalha no Centro Médico Mayfair. Seu envolvimento com Lestat começa logo quando ele a olha pela primeira vez. Em geral, Lestat conta que no mesmo momento que a viu sentiu um tipo de fascínio instantâneo. Ele não consegue omitir essa paixão avassaladora por muito tempo, com isso, todos ao seu redor perceberam seus verdadeiros sentimentos por Rowan. Rowan como resposta, demonstra frieza e desdém.
Quando Rowan precisou de ajuda por estar fora de si, Michael chamou Lestat para ajudá-la, e ele consegue trazer ela de volta ao normal.
Inesperadamente nos últimos momentos das Crônicas Vampirescas, Rowan vai atrás de Lestat, e ele diz que a ama mais que o próprio Sangue mas que o Centro Médico e Michael ainda dependem dela.Ele promete que quando chegar o momento certo eles ficarão juntos.
Lestat diz que a perdeu pois sabe que com o passar dos anos ela o esqueceria . E deste modo termina a história do nosso amado príncipe moleque
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O reecontro

Lestat declarou em entrevista, na Primavera (embora ocorra na Primavera de 1988 na versão do filme), mais uma vez, Louis descobre Lestat, que esta novamente vivendo em Nova Orleans em um estado enfraquecido. Louis vira suas costas para ele na com pena e repugnância.
Esta versão dos acontecimentos no entanto também é refutada por Lestat, que diz que ele não tinha qualquer contato com Louis nessa época, embora ele tenha sido visitado por Armand esse tempo. Seja qual for a verdade, Louis e Lestat se encontram na década de 1980, apenas para terem destaque nos eventos que estão mais detalhados no filme A Rainha dos Condenados.
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Claudia

Louis bebe de uma criança órfã chamada Claudia, em 1795, e Lestat transforma-a em uma vampira, apesar das objecções de Louis. Esta foi uma tática de Lestat para impedir Louis de o abandonar. Enquanto Lestat se entretia com Claudia e a ensinava como se tornar uma vampira, é Louis que ela realmente ama, e ignora Lestat, em diversas ocasiões, algo que faz com ele se arrependa grandemente. Em 1860, após 65 anos de convivência, Claudia luta com a realidade de que ela é, uma imortal e que jamais se transformará em uma mulher.

Claudia se rebela e tenta matar Lestat, dando-lhe um rapaz morto para que ele beba o sangue, dizendo que o rapaz estava apenas inconsciente (Anne Rice declarou oficialmente que não se mata um vampiro apenas por beber sangue morto.), e cortando sua garganta e apunhalando-lhe várias vezes no peito e, com a ajuda de Louis, jogam Lestat em um pântano perto do Mississippi. Depois ele consegue retornar com a ajuda de uma jovem pianista que ele havia transformado, Louis foge com Claudia, em uma balsa para a Europa. Após Claudia e Louis escaparem de Lestat, Armand, o líder de um grupo de vampiros, brevemente toma Louis sob sua proteção, e lhe passa informações sobre seus sentimentos e sobre as regras de vampiros.
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Louis de Pointe lac

Um desses companheiros é Louis de Pointe du Lac, um jovem de New Orleans a quem Lestat transforma em um vampiro no século 18, em 1791. Durante quase um século, Lestat e Louis vivem para, viajar, e matar juntos.
Esse relacionamento começa mal, com desconfianças e meias-verdades, embora gradualmente Lestat trata de matérias com seu amigo, como uma espécie de professor e aprendiz, embora aquele que muitas vezes resiste seus "ensinamentos" apenas lhe sobra a morte ou a vida vivendo como um vampiro. Existe um certo elemento de sentimentos implícitos na sua relação, mas se é realmente consumado é um assunto de debate.
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O mais poderoso dos vampiros

No espaço de apenas alguns séculos, Lestat torna-se um dos mais poderosos vampiros, apenas perdendo para os mais antigos aqueles cuja idade se perdia nos milênios. Isto é, em parte, porque o sangue que ele recebeu de Marius, era o de um desses antigos, que era incrivelmente poderoso, e por ele ter tido um relacionamento com a rainha dos vampiros, Akasha.
Por toda sua ousadia, os mais antigos referem-se à ele carinhosamente como o "príncipe moleque". Ele está sempre muito preocupado com costumes e moda, e pausa meados da narrativa para lembrar ao leitor o que ele está vestindo. A maior parte de suas experiências são com companheiros. Ele explica que este fato e por que as mulheres em séculos anteriores, simplesmente não eram interessantes. Mais tarde na série, Lestat menciona que ele tem medo das mulheres.
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Suas tormentas

Ao longo de sua longa vida, Lestat é atormentado por questões filosóficas comuns, tais como "Seriam minhas ações boas ou más?", "Existe um Deus?", "Eu estou em Seu plano?", "O que acontece depois da morte?", "O que torna uma pessoa feliz?" Ele encontra-se mais no amor com a humanidade do que nunca, apesar da sua relação com os humanos serem selvagens. Por um tempo, ele vê a vida como "um Jardim Selvagem", repleta de beleza e morte.
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Nicolas de Lenfent

Lestat também fez de seu melhor amigo mortal, Nicolas de Lenfent, um vampiro. Ambos trabalharam em um pequeno teatro chamado "Renaud's", Lestat começou como um figurante, e para sua surpresa, depois acabou tornando-se estrela do show, enquanto Nicolas tornou-se violinista da pequena orquestra do teatro. Após Lestat ter sido raptado e se transformado num vampiro ele tentou distanciar-se de sua família e amigos mortais. Ele comprou um apartamento para Nicolas e muitos outros luxos, como um violino Stradivarius, com o seu recém-adquirido "poder financeiro". O tempo inteiro Nicolas tinha muitas suspeitas de Lestat e sua nova vida, e a suspeita cresceu quando Lestat desaparecera com sua mãe a noite quando ela o veio visitar, e Gabrielle retornou magicamente curada. Lestat finalmente demonstrou o amor que ele sentia por Nicolas e fez dele um vampiro, assim como bem depois salvando-o de um grupo de vampiros, conhecidos como Crianças das Trevas, que eram liderados pelo poderoso vampiro, Armand.
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Transformado-se em vampiro

Início

Ao encontrar Lestat, Magnus o torna um vampiro, contra a sua vontade. No entanto, Magnus, cansado da vida, comete o suicídio atirando-se em uma pira, deixando Lestat para defender a si próprio, sem qualquer tipo de orientação. Lestat descobre que agora é herdeiro de uma inesgotável riqueza, e começa uma aventura que o leva a conhecer todo o mundo.
Lestat sempre foi uma criatura solitária. Em sua infância o único membro da sua família com quem ele tinha qualquer ligação era com a mãe. Gabrielle de Lioncourt foi uma bela mulher de ascendência italiana, foi dela que Lestat herdou o seu cabelo louro e sua boa aparência. Gabrielle era o único membro da sua família, que apreciava ler e frequentemente ficava imersa em seus romances, negligenciando a vida mundana ao seu redor. Lestat a admirava e ela o odiava por isso, mas ele foi a única pessoa de sua família, com quem ela também poderia trocar confidências de modo que eles desenvolveram um silencioso e forte vínculo. Por este motivo ele a escolheu para ser sua primeira companheira vampira, na ocasião em que ela chega a Paris, querendo vê-lo antes que sucumbisse à sua doença fatal.
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Sua vida como mortal

Lestat é o sétimo filho do marquês d'Auvergne e nasceu em 1760, em Auvergne, França, em um castelo pertencente a seus antepassados. Apesar da sua aparente nobreza ele cresceu em uma pobreza relativa; seus antepassados esbanjaram as riquezas da família delapidando assim a fortuna familiar. Como o mais novo filho da família, Lestat ascendia a nada herdar. Sua relação com seu pai e irmãos eram tensas devido a diferenças irreconciliáveis. No penultimo livro das cronicas ele esplica que seu nome foi formado com as iniciais do nome dos seus irmaos
Talvez o momento mais crucial de sua vida mortal, foi quando as pessoas da cidade vieram para lhe falar sobre lobos que entraram na aldeia assustando as pessoas. E enquanto caçava ao redor das montanhas de Auvergne, foi atacado por oito lobos, que quase causaram sua morte. A morte de seu cão de caça e seu cavalo, teve um profundo efeito sobre sua aparente estabilidade mental. Ele retornou para casa, determinado a seguir o seu próprio caminho.
Lestat cai numa profunda depressão após seu encontro com os lobos e perde o sentido da vida, e acompanhado de um amigo violinista de nome Nicolas, ele deixa Auvergne e vai para Paris, com intenção de se tornar um ator de teatro. Durante uma peça, ele atraiu a atenção de um antigo vampiro chamado Magnus, que o rapta e transforma em vampiro contra vontade, e depois se lança ao fogo
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Sobre lestat de Lioncourt

Lestat de Lioncourt é um personagem fictício que aparece em vários dos romances de Anne Rice, incluindo O Vampiro Lestat. Ele é um vampiro, e o principal personagem, na maioria das Crônicas Vampirescas (Vampire Chronicles) onde o mesmo é narrado em primeira pessoa.


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Cemiterios da cidade

Cemitérios são elementos comuns na paisagem das grandes metrópoles. Porém, além da imagem macabra, referência recorrente em narrativas de terror, os cemitérios agregam muito mais valor cultural do que se pode presumir.
É neste local que se encontra eternizada a memória de grandes personalidades da história e de incontáveis anônimos. É também nos cemitérios que se encontra algumas das esculturas mais relevantes do acervo de Brecheret e Brizzolara; além de uma riquíssima simbologia herdada ao longo da história e das transformações sociais e culturais.
Produzido por Samira Adel Osman e Olívia Cristina Ferreira Ribeiro, o artigo Arte, História, Turismo e Lazer nos cemitérios da cidade de São Paulo, expõe os valores históricos e culturais dos principais cemitérios desta metrópole, através de referências literárias, registros de publicações e dissertações acadêmicas
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Glossário Cemiterial

Do árabe attabut. Arca de origem egípcia.

Cadáver
Do latim cadavere. Talvez de caro data vermibus (carne dada aos vermes).

Caixão
Do grego kapsa, do latim capsa. Aumentativo de caixa.

Campa
Talvez do latim campana. Laje sepulcral.

Catacumba
Do grego katákymbe, pelo latim catacumba. Escavação.

Cemitério
Do grego koimetérion, pelo latim coemeteriu. Dormitório (em alusão ao sono eterno).

Cova
Do latim covus = cavus. Cavidade.

Cripta
Do grego krýpte, pelo latim crypta. Subterrâneo das igrejas onde enterravam-se os mortos.

Defunto
Do latim defunctu. Particípio de de + fungor. Falecido.

Epitáfio
Do grego epitáphion, pelo latim epitaphiu. Inscrição tumular.

Esquife
Do antigo alemão skif, ou do grego skáphos. Navio, barco. Alusão a um caixão de defunto.

Exumar
Do latim exhumare; ex = fora + húmus = terra. Desenterrar (cadáveres).

Féretro
Do latim feretrum, de fero (transportar). Maca para transportar os mortos.

Fúnebre
Do latim funebre. Relativo à morte.

Funeral
Do latim funerallis, funebris, de funus. Enterro.

Inumar
Do latim in = dentro + húmus = terra. Sepultar.

Jazigo
Do latim jacere (de jazer). Estar estendido, deitado.

Lápide
Do latim lapis, lapidis. Pedra, ou pedra funerária.

Luto
Do latim lucto. Sentimento de pesar pela morte de alguém.

Mausoléu
Do grego mausóleion, pelo latim mausoléu. Túmulo grandioso de Mausolo, rei da Caria.

Mortalha
Do latim mortalia. O que diz respeito aos mortais, mortal.

Morte
Do latim mors, mortis. Falecimento.

Necrópole
Do grego nékros = cadáver + polis = cidade. Sinônimo de cemitério.

Ossuário
Do latim ossu = osso + sufixo ário. Local de ossos.

Réquiem
Do latim re + quies e re + quietis. Repouso, descanso.

Sarcófago
Do grego sarkó = carne + phagos = que come. Pelo latim sarcophagu. Sinônimo de túmulo.

Sepulcro
Do latim sepulcrum. Sepultura.

Tétrico
Do latim tetricu. Fúnebre, muito triste.

Tumba
Do grego tymbos, pelo latim tumba. Lápide sepulcral.

Túmulo
Do latim tumulus. Elevação de terreno, montículo de terra.

Urna (funerária)
Do latim urna. Vaso, recipiente.

Velório
Do latim velo. Velar, cobrir a cabeça, cingir-se. Adicionado ao sufixo ório = lugar onde se vela.

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Um curioso passeio

sábado, 6 de fevereiro de 2010.

O guia turístico anuncia:
Aqui vemos a obra Sepultamento, de Victor Brecheret, um dos artistas mais famosos do Modernismo brasileiro. Essa escultura é datada de 1923 e foi feita em granito.
Olhares curiosos e vivos reparam no ambiente ao redor. Uma criança nota os belos anjos esculpidos em bronze bem próximos a ela e estende a mão para tocá-los. Aqui surge a primeira diferença entre um museu normal e este: qualquer pessoa pode encostar nas obras ou até mesmo tirar fotos. Essa não é a única novidade, imagine ir a um museu a céu aberto! Onde existem árvores e pássaros para fazer companhia às esculturas dos mais famosos artistas dos séculos 19 e 20.
Ninguém pensaria na existência de um lugar desses em plena São Paulo. No entanto, o mais velho desses locais nasceu em 1868 e possui obras de artistas como: Galileo Emendabili, Bruno Giorgi e Nicolina Vaz de Assis. Aos curiosos, o nome de um desses maravilhosos museus: Cemitério da Consolação, o mais antigo de São Paulo.
Alguns especialistas afirmam ser o cemitério, um prolongamento da própria casa. Devido à grande miscigenação do povo brasileiro, nossos cemitérios são povoados por resquícios da cultura e arquitetura de todo o mundo. Muitos túmulos foram feitos com materiais importados, por artistas conhecidos e são hoje uma riqueza a ser prestigiada e preservada.
Entretanto, o Brasil pouco desenvolve seu turismo em cemitérios em virtude do preconceito das pessoas em relação ao local, por ser macabro, rememorar a morte e trazer sentimentos de dor, perda e saudades. Há pouca divulgação e planeja- mento de visitas orientadas ao local, em São Paulo, por exemplo, apenas o Cemitério da Consolação tem esse serviço organizado. Espaços como o Cemitério do Araçá, um dos maiores de São Paulo e com mais de 80 obras de arte catalogadas, não apresentam esse serviço. "De vez em quando vem um grupo interessando em receber informações sobre o Araçá, nesse caso nós indicamos um coveiro para mostrar as obras de arte, contar algumas histórias, nada muito formal", comenta Elias Rodolpho, Administrador do Cemitério do Araçá. "Às vezes eu levo umas pessoas para tirar fotos ou desenhar as obras de arte daqui ou mostro os mausoléus dos famosos, mas vem pouca gente, quase ninguém quer ver gente morta e túmulo", completa o coveiro do mesmo cemitério, conhecido como Massau.
Talvez se houvesse excursões a esses locais, com explicações sobre a história, arquitetura e curiosidades, os brasileiros se sentiriam mais à vontade com o assunto, pois em todo o mundo, cemitérios são, não somente pontos turísticos, mas também um local para fazer piquenique, ler ou namorar, os exemplos mais conhecidos são o Cemitério Père-Lachaise e o Montparnasse em Paris, França. "Eu gostaria de fazer uma visita monitorada a um cemitério, pois é um lugar tranqüilo e bonito, onde é possível admirar belas esculturas e mausoléus", afirma a estudante de enfermagem Andrea.
No entanto, com o aparecimento dos popularmente chamados "cemitérios-jardim", a falta de incentivo ao turismo, a constante depredação e o alto custo de materiais como o mármore e bronze; a feição de obras de arte para cemitérios e profissionais capacitados para o trabalho estão se extinguindo. Portanto, a quem pretende visitar o lugar, é melhor ser rápido, pois no futuro os cemitérios serão cada vez menos portadores de valor artístico.

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